Não sou o maior fã do uso abusivo de calculadoras.
Vou começar por sugerir a leitura de
http://cpaulof2.blogspot.pt/2011/10/calculadoras-e-o-calculo-mental-i.html
no meu blog carlospaulices no século XXI (isto porque assim dou oportunidade a outro Carlos Paulo de ter carlospaulices noutros séculos)
Nesse post falta uma animação, que desde 2011 "desapareceu". Estava no meu antigo site de explicações, que tive de fechar. Assim que a reencontrar nos meus arquivos volto a por online.
Durante um ano lectivo costumo escrever e fornecer vários programas para os vários modelos de calculadoras que os alunos me trazem, sempre por forma a ajudar a aprendizagem, ou a conferir resultados (isso de resolver passo por passo, numa calculadora que pode ser utilizada em exames está fora de questão).
Alguns programas são seleccionados para ser postos online, e outros são exclusivos para os meus alunos (por exemplo nas máquinas a cores poucos alunos estão muito dispostos a distribuir software com a sua foto, e em algumas é mesmo possível fazer um programa deixar de funcionar se não estiver na calculadora com o número de série certo).
Saber usar uma calculadora é muito diferente de saber Matemática, e as pessoas hoje em dia confundem as duas coisas.
Bem, há 20 anos eu sabia usar e programar calculadoras e computadores e houve idiotas que me confundiram com um informático (sinto-me simpático hoje, deixem lá a palavra idiotas ficar no sítio).
Na verdade há muita coisa nos actuais programas do secundário onde se
utiliza a tecnologia, mas esta é dispensável. Por alguns professores se
terem "apaixonado" pela tecnologia, não significa que esta seja mesmo necessária.
Ainda hoje me revolta a obrigatoriedade do uso de calculadoras gráficas no ensino secundário.
Se facilitam muita coisa? Claro que sim. Mas daí a torná-las indispensáveis ou mesmo obrigatórias...
E nem vou falar de software proprietário!
Assim tenho de olhar com bons olhos, temas como a lógica no 10º ano ou a axiomática de probabilidades no 12º, por obrigarem os alunos a um tipo de raciocínio diferente daquele a que estão habituados.
(Atenção, eu sei dar uso legítimo à calculadora nessas áreas, como alguns dos meus explicandos poderão confirmar, ou como já viram por cá neste blog quando mostrei um programa "tabelas de verdade", mas será mesmo mesmo necessário? )
Usem a tecnologia, sim, mas sem abusos, e mostrando também como abordar os problemas sem recorrer a ela... (por exemplo, eu hoje estou a sobreviver em Windows sem touchscreen, touchpad ou rato..)
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