2019/2020 foi um ano lectivo muito didático. Comecei o ano com um mês de baixa médica.
Alguns alunos optaram por abandonar-me por outros terrenos. Mas as coisas não ficaram por aí. Quando começava a ter um número aceitável de explicandos, veio a pandemia Covid-19.
Dado o meu historial médico e percebendo que o assunto era mais sério do que algumas nulidades queriam dar a entender, comecei a investigar plataformas online.
Rapidamente percebi que os meus recursos informáticos não eram suficientes.
Um computador de trabalho está longe de ser o ideal para explicações online.
Quando me preparava para comprar material online (não havia nas lojas físicas da vizinhança, eu investiguei), percebi que perdi o acesso à minha conta bancária.
Eu estava sem cartão multibanco. Coisa que não usava desde 2011...
Liguei n vezes para o banco, até que percebi que tinha de lá ir pessoalmente, ao Funchal, porque o serviço telefónico era uma porcaria.
Ao tentar apanhar um autocarro, sou deparado com uma situação inédita por estas bandas. Só aceitavam bilhetes pré-comprados. Que nessa altura, não se vendiam em lado nenhum por aqui! Perguntei ao motorista onde é que eu poderia obter esses bilhetes e a resposta dele foi impagável: No Funchal!
[Conhecem aquela sensação de estarem a ser gozados?]
Plano B: Abrir uma conta noutro banco.
Não era possível. Porquê? Porque na primeira fase da pandemia decidiram que os bancos trabalhariam apenas em serviços mínimos. Abrir novas contas, não era um serviço mínimo.
Fui para casa testar os meus dotes de técnico de informática, e ao fim de alguns dias arranjei uma solução.
[isso envolveu instalar um Debian 9 no meu portátil de 2006 a partir de um leitor de mp3 de 2005]
Depois de várias semanas (incluindo uma queixa no banco de Portugal que não deu em nada) consegui reaver acesso à minha conta bancária. Só que nesse preciso momento, o meu telemóvel morreu.
Ao tentar comprar outro online, deparei-me com outro entrave: eu tinha de fazer uma autenticação com... o meu telemóvel.
Eu tiro o cartão SIM do meu telemóvel e deparo-me com outro cenário 'giro': O meu cartão não entra em nenhum dos telemóveis dos meus familiares.
Nesta altura olhei para os céus e perguntei: "Quem é que por esses lados me odeia? E porquê?"
A história tem mais alguns capítulos... Vou dispensar-vos deles e um dia publico.
Assim que finalmente consegui dar explicações interruptamente online, foi um processo de aprendizagem, ensaio e erro...
Estive a dar explicações a alunos de todo o país e deparei-me com algumas infelicidades.
Enganar-se é normal e humano, mas...
Eu vi documentação fornecida aos alunos com erros científicos, e erros graves! E atenção, não foi no ensino secundário ou abaixo. Foi em material de ensino superior!
Isto é mau, porque isso põe-me a contradizer o que os professores dizem (isto é Matemática, não é assim tão difícil demonstrar/provar que certas afirmações são falsas, que estão erradas)
Algo mais grave é ver algo que eu escrevi numa explicação, copiado para o quadro de uma aula... pois eu provei que o professor estava errado a um aluno, o aluno apresentou a prova ao professor e o professor que supostamente dá a cadeira há anos, copia a prova linha por linha para o quadro.
Obviamente, o meu nome nem é mencionado.
Vi documentação plagiada: alguns "professores", mais uma vez de ensino superior, a sacar documentos da internet, a apagar os nomes dos autores e a dá-los aos alunos.
A apagar os nomes dos autores? É preciso ter lata e não ter vergonha na cara!
"Ensino Superior"? Com tamanha falta de consideração por autores? Isto faz-se a alunos que escolheram aquela instituição de ensino e aquele curso?
Pessoalmente, e graças ao meu percurso académico, eu estou bem farto da arrogância e prepotência destes tipos que pensam que podem tudo!
Da minha parte tomei uma decisão: Deixei de aceitar alunos destes professores.
E como tenho o hábito de procurar e investigar provas, sempre que eu receber pedidos de explicação de alunos desses professores, recusarei e deixarei exposto o nome numa "lista negra" neste blog.
Também há outro tipo de situações que deixei de aceitar ou inflacionei drasticamente os preços...
Só que dessas, eu falo noutra altura.
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Já agora, podem observar que nenhum comentário é publicado sem a minha aprovação.
Porquê?
Garanto que não foram críticas ao meu trabalho...
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